segunda-feira, 29 de junho de 2009

A arte num arranjo Floral

Meus avós por parte de pai e de mãe moravam em Alumínio, São Paulo. Aliás, a cidade na qual eu só não nasci porque não tinha hospital. Sou são roquense, mas, por uma pequena questão de “oficial”. Desde muito pequena sempre vi minha avó paterna cercada de arranjos florais. Era meu avô, pai de minha mãe, quem recolhia lindas flores da CBA e levava para ela. Dona Ata, como é conhecida, nunca teve uma técnica. Usava seus conhecimentos sobre harmonia para deixar o arranjo de uma forma que gostasse. Até hoje ela faz arranjos com flores artificiais para serem vendidos no 1,99 de um tio.
Mas para os artistas florais isso é quase um sacrilégio. A arte floral evoluiu e pessoas como a minha avó são vistas apenas como uma espécie de pintores amadores... Quando não, como pragas que insistem em tirar o lugar dos “verdadeiros” artistas.
Escrevo na revista Arranjo Floral e, nesse pouco mais de um ano que estou aqui, pude perceber um pouco como se deu a evolução dessa técnica. Das floriculturas que davam cursos às grandes escolas internacionais.
Hoje, para compor um arranjo não basta dispor as flores e folhagens de modo harmônico. Existe muito mais por de trás disso. Tanto que algumas escolas se diferem pelo estilo.
A arte com flores está em um patamar acima. Ter uma revista só sobre esse assunto é uma mostra disso. É bom perceber que algo está evoluindo, crescendo e ganhando adeptos. Quem sabe um dia não chegue ao patamar de grande arte elevando nomes que gosto tanto como Ana Foz, Corina Wais, Orlandio Silva, Alfredo Tilli e outros....

segunda-feira, 22 de junho de 2009

O mundo da arte se encontra na Paulista

Tenho uma história de muito carinho com a Avenida Paulista. Foi no prédio da Gazeta, ao lado do Objetivo que passei quatro anos enquanto estudava jornalismo na Casper Líbero. Por uma dessas felizes coincidências, eu tive o prazer de nessa época conseguir trabalho na mesma avenida. Durante os dois primeiros anos, estagiei em uma assessoria de imprensa que ficava em frente ao Conjunto nacional. Precisava andar um bom trecho dela para chegar à faculdade. Era um dos momentos preferidos, ver todos aqueles homens de terno e mulheres em roupas de executiva era o máximo para uma estudante que ainda desfilava só de tênis e camiseta. Depois, fiquei mais dois anos num grande portal. Bem em frente à Casper. Nesse período eu notava algumas pessoas com roupas mais diferentes, mas ainda assim, era uma espécie de atração quando passava algum ser vestido com algumas espécies de “fantasias”.

Continuo trabalhando na região e todas as sextas-feiras passo pela Paulista para poder pegar o metrô. É impressionante a quantidade de artistas que se espalham pelas calçadas. Chega ao cúmulo de você ouvir músicas que “marcaram época” - ou seja, aquelas bem bregas e do tempo em que nossos pais dançavam em bailinhos – com um triângulo sendo tocado por um nordestino que berra canções como Asa Branca.

Escritores também têm seu espaço, vendem de poesias com adesivos meigos (eu ganhei uma linda dessa poetisa), livros contando suas vidas, contos infantis... e por aí vai! Tem até um senhor que fica bravo quando alguém lhe diz que não quer comprar o seu cartão!!! A Paulista é uma representação do mundo. Tudo que você encontra no macro, tem ali, nesse microcosmo. Vale a pena “ganhar alguns minutos” passeando por lá e descobrindo o que os artistas do “gueto” estão fazendo!

quinta-feira, 18 de junho de 2009

O fim do Cristo Redentor

Tente se lembrar quantas vezes você viu a Estátua de Liberdade sendo destruída! Pois é, isso já aconteceu muitas vezes durante a história do cinema, posso apostar até que alguém já deve ter contabilizado o fato. No entanto, precisamos nos preparar para uma grande surpresa no mundo da destruição de monumentos da sociedade. O novo alvo é o Cristo Redentor. Prepare-se para ver, pela primeira vez, uma estátua que realmente representa algo para nós, brasileiros sendo destruída. Ver a estátua da liberdade sendo partida tem uma conotação para os norte americanos e outra para nós, brazucas. Duvido que não vai dar uma dorzinha no coração de ver destruindo o Cristo que foi beijado nas mãos pelo trapalhão Didi... Imagina ele ser destruído!
O alemão Roland Emmerich apresentou o trailer de 2012, que estréia nos cinemas norte americanos no dia 13 de novembro. Para quem não sabe, também são deles os filmes O Dia depois de amanhã e Independence Day. Vale a pena conferir a diferença de sensações....

segunda-feira, 15 de junho de 2009

O mundo é colorido! Só falta enxergar...

Falta de assunto é FODA! O pior é que se analisar um pouquinho a televisão percebe-se que não é um problema só meu. O branco é um dos melhores espaços para se criar ao mesmo tempo, é um dos grandes temores dos criativos...

O branco é ainda uma grande fonte de discussões. Duvida?
Segundo o Houaiss, branco, entre outras coisas, é a cor que acalma, brilhante, branco, límpido. É também o antônimo de negro que, por sua vez, é o que tem a pele escura; sombrio, escuro e tenebroso.

Percebeu algo? Pois bem, nosso dicionário representa um certo pensamento muito difundado desde que o Brasil é Brasil (talvez até bem antes que isso), algo que juramos que não existe, mas está aí, bem nos nossos olhos. O problema é que estamos com uma lente de contato colorida...

Nessa lente, fingimos que a Parada do Orgulho Gay é algo normal - mas não damos importância para as pessoas que foram machucadas no evento. Fingimos ainda que negros não têm problemas para achar seu lugar no mundo. Deficientes? Que isso? O Brasil é um paraíso para eles. Todos conseguem espaços reservados e a arquitetura não dificulta a mobilidade...
Pessoas diferentes, obesos, gordinhos, feios, estranhos, cabelos toin toin, brancos muito alvos... Enfim, todos os "não-normais" recebem respeito merecido simplesmente por serem seres humanos!
Pois é, o branco... e eu continuo sem palavras!

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Bravo!

Não sou muito de ler revistas. Minhas paixões são livros! Mas, por causa da pós estou abrindo horizontes e comecei a comprar a Bravo.

Como minha cabeça não pára, fiquei a pensar no porquê dessa revista não se popularizar. Primeiro tem o preço, razoavelmente alto. Com esse valor, dá para um almoço excelente, várias passagens de ônibus, um lache do McDonalds ou muitas outras revistas de R$ 1,99. Enfim, para um país culturalmente acostumado a não gostar de "assuntos culturais" e que acredita que alguns assuntos são feitos para serem discutidos apenas por uma classe de privilegiados, não vai mesmo gastar dinheiro com uma revista que fale de cultura.

A leitura é gostosa, se você não se interessa por artes plásticas, tem livros, música, cinema e teatro. Não é por afinidade que se deixa de ler a publicação.

No entanto, ela exige que se pense (não estou querendo inflar meu ego dizendo que quem a lê é inteligente, juro que não) é mais uma coisa de algumas palavras não serem usadas comumente por nós. Alguns assuntos demandam uma certa bagagem do leitor. Talvez, o que falte seja uma matéria na escola. (Não to brincando). Uma lição que ensine crianças, jovens e adultos a lerem. Não esse tipo de leitura que temos, de livros que estão muito acima da nossa capacidade no momento, exatamente para desencorajar o prazer. Precisamos de um sistema que nos ensine o prazer por entender de um assunto!

É, acho que é quase por aí....


A fazenda não tem dono...

Quem já viu a Fazenda da Record? Minha impressão é que tudo funciona muito bem, menos o Brito Junior. Ele fica tentando jogar lenha na fogueira, colocar um contra o outros. Fica tentando ditar seu ritmo, ao invés de ter o jogo de cintura que o Bial tem ao lidar com os seus "guerreiros". Falta traquejo ao Brito! De resto, a impressão é que artista vive muito mais à flor da pele que as pessoas comuns. O gente para dar piti!!!! Falta para o programa um pouco mais de ritmo. As histórias estão acontecendo. Os personagens são muito bons. Tem potencial a ser explorado, mas falta algo. Eu apostaria na substituição da peça principal: o apresentador. Dizem que é o olho do dono que engorda o gado. No caso, falta um bom dono!

terça-feira, 2 de junho de 2009

"Eu sou Stephany"

Meu nome é Stephany! Não, o meu não, mas o da nova musa do youtube é! Stephany canta "Eu sou Stephany", também chamada de melô do Cross Fox, e fez sucesso. A canção foi até cantada em cima do trio elétrico por Claudia Leitte.
Eu fiquei sabendo de sua existência por causa de uma coluna de jornal que estava contando que a paranaense foi convidada para cantar no show de Preta Gil.
Seu grande hit é uma versão da música A Thousand Miles, da Vanessa Carlton, uma melodia simples, bonitinha e ingênua. Começa aí sua primeira referência. Em seguida, impossível não reparar nos movimentos de dança à lá Beyoncé. Para realmente parecer alguém “chique” ela aparece dentro de um Cross Fox.
Ela tem um quê de cantora negra americana, com os cabelos compridos e alisados, parecendo megahair; argolas redondas na orelha, salto alto e óculos fashion...
Mas o sotaque é inconfundível! Com todas essas referências, Stephany consegue levar seu jeito para o brega. Ela dá um tom brejeiro para suas danças. No clipe, disponível no youtube, ela dança com outras duas moças em uma laje (tem algo mais brasileiro que isso?). As três não estão no mesmo compasso, nem conseguem ser tão sensuais quanto desejam transparecer...
Um show de cenas engraçadas! No entanto, faz o maior sucesso. Fico pensando se o referencial da população de algo bom é isso mesmo ou se as pessoas gostam por ser engraçado. Ta, não sou tão ingênua, sei que é porque realmente gostam e acho que vêem personagens como esse, como pessoas a serem seguidas.
Stephany, Joelma e muitas outras, são mulheres do povo, especialmente do nordeste e a fácil identificação do público com elas, todo esse glamour brega faz sentindo na vida dos milhares de fãs.
Como Stephany mesmo diz: “Eu sou ‘dimais’”

* agradecimento especial ao namoradinho lindo que ajudou com a pesquisa do post :)

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Desastre do jornalismo

Temos um novo desastre! Na Rede TV!, eles dão as novas informações, como o funcionário público que deveria usar o avião que está desaparecido para voltar ao Brasil, ele conhecia uma mulher no avião. Está mais que batido dizer que chega a ser hilária a cobertura de eventos trágicos assim. A ânsia para dar novidades, “furos” e “levar ao telespectador todas as informações necessárias” acaba disponibilizando o excesso da falta do que dizer.
Foi assim com outros “grandes casos”, quem não lembra da Isabela Nardoni, da Suzane von Richthofen, do Felipe Caffé e da Liana Friedenbach, entre tantos outros que causaram comoção geral e muito motivo para ocupar os noticiários. Ficamos esperando a onda passar. Alguns até desistem e simplesmente se desligam do fato!
É uma pena que nós, jornalistas, não somos capazes de mudar esse quadro tão hossível, o tal do Showrnalismo” tão criticado no livro com o mesmo nome de José Arbex Jr. Na faculdade, aprendemos a criticar esse tipo de transmissão. Os estudantes, ingênuos e sonhadores acreditam que seria possível mudar algumas coisas. No entanto, quando chega nossa grande chance, perpetuamos o status quo! De onde vem essa falha? O que podemos fazer para mudar a situação?