quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Quem é o telespectador?

Não entendo a necessidade de nivelar por baixo. William Bonner há algum tempo comparou o telespectador ao Homer Simpson. Deu aquele bafafá, mas acabou. Estranho é pensar que muitos programas são feitos dessa forma. Ontem, estava vendo Ídolos. Tá na fase em que eles foram peneirados, portanto, sem tantas bizarrices como no começo. Alguns candidatos escolheram músicas que não são tão conhecidas do grande público; ao menos segundo os jurados, que os criticaram por cantarem músicas que não agradam ao público. Quem disse que não agrada? Quem decretou que o que não é conhecido é ruim? Eita mania de nivelar por baixo....

sábado, 29 de agosto de 2009

O famoso e a relação com o fã

Puxa vida, faz tempo que não apareço aqui e também não tenho muito tempo... Trabalho para entregar no próximo sábado e início de pesquisa pra minha monografia. Daí já viu! Masssss, precisava muito vir comentar sobre a nova relação entre artistas, personalidades e o público. Ferramentas como o Twitter aproximaram os dois lados e quebraram barreiras. Pessoas que se achavam inatingíveis deixaram de se ver assim e os fãs que idolatravam personalidades agora têm a oportunidade de garantir uma maior “convivência”e então, conhecer melhor quem está do outro lado.
Alguns conseguem tirar de letra. Nesse momento só lembro de personalidades internacionais. Demi Moore e o namoradão lindo são prova disso. Até já salvaram uma fã ligando para o serviço de emergência!
No Brasil, parece que quem cai do pedestal não consegue lidar bem com a situação de “ser gente normal”. Apesar de adorar dar entrevista dizendo que faz “coco” como “gente normal”, não gosta de ser tratado assim.
A situação que me fez ter vontade de escrever foi criada pela Rainha dos Baixinhos e sua princesa e sucessora. Ao escrever “sena” (sic) no twitter da mãe, Sasha deflagrou uma das grandes guerras mundiais. Exagero meu? Que nada, a rainha Xuxa deu uma entrevista dizendo que “Não permitirei que mexam com a honra de minha filha. Ou essa coisa nojenta, esse Twitter acaba, ou meus advogados vão proibir essa barbaridade”.
Entendeu bem? A menina escreveu errado, o povo riu, Xuxa defendeu dizendo que ela havia sido alfabetizada em inglês e com toda a chateação das pessoas que acessam a página da apresentadora, decidiu acabar com o Twitter. Óbvio!!!
Com tantos casos de bullyng no País, nossos juízes devem tirar o twitter do ar porque sacanearam a menina!
Ou os artistas passam a ter mais maturidade ao lidar com o público ou situações assim serão bem mais comuns do que deveriam. Segue a reportagem na íntegra tirada da página do JB com informações do Portal Terra. E nem adianta procurar nada na página da Xu, ela apagou toda a baixaria e o último recado é: “fui vcs não merecem falar comigo nem com meu anjo”. Vai entender!

Xuxa diz que quer acabar com Twitter após abrir processo

Portal Terra
RIO - A apresentadora Maria da Graça Meneghel, a Xuxa, processou na última quarta-feira o serviço de rede social Twitter sob a alegação de ofensa moral, difamação e ameaça verbal contra ela e a filha, Sasha. Quando a apresentadora lançou seu perfil em 3 de agosto, surgiram comentários maldosos questionando as habilidades intelectuais de Xuxa e Sasha por causa de postagens com erros ortográficos. As informações são da GloboNews.
- Não permitirei que mexam com a honra de minha filha. Ou essa coisa nojenta, esse Twitter acaba, ou meus advogados vão proibir essa barbaridade - afirmou em entrevista ao jornal GloboNews.
Em nota oficial divulgada por sua assessoria, Xuxa pede a "retirada de todo o conteúdo e referências ofensivas e difamatórias contra ela e Sasha, além do congelamento do serviço (do Twitter) no Brasil".
20:03 - 28/08/2009

terça-feira, 21 de julho de 2009

Um Oceano de Medo...

Fui assistir ao espetáculo Oceano, do Circo Roda Brasil - uma junção dos já tradicionais Parlapatões e dos Pia Fraus. É impressionante os efeitos conseguidos com objetos simples e de uso cotidiano. Com um guarda-chuva os atores conseguem criar luminosas águas-vivas. Os patins dão a fluidez para os peixinhos do fundo do mar. Vários adultos se esticaram para colocar a mão em uma enorme baleia inflável que passou por cima da plateia.

Como em todo bom circo, existiram muitos números de palhaços. Lembra do desenho do Pernalonga, quando o Presuntinho caçador tentava atirar nele? O palhaço também seguia o atirador de arpões durante a contagem evitando assim de ter sua cabeça dividida ao meio junto com a maça. Confesso que nunca fui chegada a esses seres com maquiagens e narizes vermelhos. Não era medo, mas meu humor não é nada sensível a coisas como torta na cara, ou até mesmo aquela maldade ingênua a lá Pica-Pau que muitos gostam de fazer. Dessa vez foi diferente! Cativaram a mim e a todas as pessoas presentes. Com piadinhas inteligentes e muita participação do público, eles conseguem nos aproximar do que está sendo passado ali. Teve até o passinho do Michael Jackson feito por um palhaço. Impossível não rir. O momento comédia pastelão ficou por conta de um trio de dançarinos do fundo do mar. Com nadadeiras nos pés e nas mãos, eles dançavam no ritmo da música e acabavam na maior pancadaria como nos Três Patetas. Aquela coisa de “sem querer” acabar acertando um chute na bunda de alguém.

Como se não bastasse, muitos trapezistas, malabares, verdadeiros shows que comprovam que o corpo humano pode fazer muito mais do que imaginamos. Profissionais supercapacitados ou suicidas mesmo, apenas um número contou com proteção, que se arriscam em manobras bem distantes do palco às vezes usando apenas a cabeça como garantia.

O espetáculo usa o argumento de que um menino, durante o banho, perdeu seu patinho de borracha e, ao ir atrás dele, acabou parando no fundo do oceano (Dái vem o nome, claro!). O garoto medroso sabe que Netuno tem seu brinquedo, mas sente tanto medo que não sabe o que fazer.

São poucas as cenas que trazem informações sobre a história em si. A primeira é do menino perdendo o pato e chegando ao fundo do mar, depois, ele tem mais alguns encontros com o seqüestrador, mas o que interessa mesmo é que antes e depois desses encontro entra em cena o verdadeiro espetáculos, os trapezistas, patinadores, palhaços e muitas outras atrações que recheiam o teatro e acabam por serem o grande encanto de tudo.

As referências ao nosso cotidiano também não pararam em Michael Jackson. O Yellow Submarine dos Beatles com quatro trapalhões é quem chega para dar o ponto final à confusão. O “Segredo”, segundo esses palhaços é que quando você pensa, você faz. Dito isso, uma maça despenca do ator dando a entender que o que você faz assim é “merda”. Tem ainda um gorducho sendo chamado de Gisele Bündchen e a notícia confirmada de que ela está grávida.

Citei acima os Três Patetas, mas o humor da trupe pode ser comparado ao de Charles Chaplin, Mazaroppi, e até o início de carreira dos Trapalhões.

A iluminação é um show à parte. A maior parte do espetáculo, inclusive a preparação do cenário do próximo número acontece ali, bem na frente do público, para então chamar atenção ao que realmente importa e camuflar essas atividades, a luz e o escuro entram com papéis importantíssimos. Assim como no chamado 1º Cinema, quando a câmera não se movia e cabia à ação “entrar” dentro do ângulo de filmagem, cabe à iluminação selecionar o que deve ou não aparecer.

A música é outro fator principal. Com direito a um percussionista no canto do palco, a sonorização do espetáculo acompanha a ação. Criada pelo Titãs Branco Mello, a trilha sonora vai acompanhando o clímax das cenas. Para o casal de surfistas que dão um show em uma corda, a música no melhor estilo praiano. As sereias ganham uma música mais sedutora que consegue aumentar a graça de seus movimentos.

A dura crítica à Lei Rouanet, que segundo o ator, deveria dar mais destaque para produções nacionais ao invés de dar o dinheiro para espetáculos que custam muito caro “uma fileira nossa seria o suficiente para comprar uma única entrada para o Cirque Du Soleil”, deixa bem claro o discurso do espetáculo. Complementando o que foi verbalizado, eram apresentados símbolos nacionais. A capoeira foi introduzida no fundo do mar com caranguejos bem capacitados que transformam a roda em uma incrível demonstração de habilidade.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

A arte num arranjo Floral

Meus avós por parte de pai e de mãe moravam em Alumínio, São Paulo. Aliás, a cidade na qual eu só não nasci porque não tinha hospital. Sou são roquense, mas, por uma pequena questão de “oficial”. Desde muito pequena sempre vi minha avó paterna cercada de arranjos florais. Era meu avô, pai de minha mãe, quem recolhia lindas flores da CBA e levava para ela. Dona Ata, como é conhecida, nunca teve uma técnica. Usava seus conhecimentos sobre harmonia para deixar o arranjo de uma forma que gostasse. Até hoje ela faz arranjos com flores artificiais para serem vendidos no 1,99 de um tio.
Mas para os artistas florais isso é quase um sacrilégio. A arte floral evoluiu e pessoas como a minha avó são vistas apenas como uma espécie de pintores amadores... Quando não, como pragas que insistem em tirar o lugar dos “verdadeiros” artistas.
Escrevo na revista Arranjo Floral e, nesse pouco mais de um ano que estou aqui, pude perceber um pouco como se deu a evolução dessa técnica. Das floriculturas que davam cursos às grandes escolas internacionais.
Hoje, para compor um arranjo não basta dispor as flores e folhagens de modo harmônico. Existe muito mais por de trás disso. Tanto que algumas escolas se diferem pelo estilo.
A arte com flores está em um patamar acima. Ter uma revista só sobre esse assunto é uma mostra disso. É bom perceber que algo está evoluindo, crescendo e ganhando adeptos. Quem sabe um dia não chegue ao patamar de grande arte elevando nomes que gosto tanto como Ana Foz, Corina Wais, Orlandio Silva, Alfredo Tilli e outros....

segunda-feira, 22 de junho de 2009

O mundo da arte se encontra na Paulista

Tenho uma história de muito carinho com a Avenida Paulista. Foi no prédio da Gazeta, ao lado do Objetivo que passei quatro anos enquanto estudava jornalismo na Casper Líbero. Por uma dessas felizes coincidências, eu tive o prazer de nessa época conseguir trabalho na mesma avenida. Durante os dois primeiros anos, estagiei em uma assessoria de imprensa que ficava em frente ao Conjunto nacional. Precisava andar um bom trecho dela para chegar à faculdade. Era um dos momentos preferidos, ver todos aqueles homens de terno e mulheres em roupas de executiva era o máximo para uma estudante que ainda desfilava só de tênis e camiseta. Depois, fiquei mais dois anos num grande portal. Bem em frente à Casper. Nesse período eu notava algumas pessoas com roupas mais diferentes, mas ainda assim, era uma espécie de atração quando passava algum ser vestido com algumas espécies de “fantasias”.

Continuo trabalhando na região e todas as sextas-feiras passo pela Paulista para poder pegar o metrô. É impressionante a quantidade de artistas que se espalham pelas calçadas. Chega ao cúmulo de você ouvir músicas que “marcaram época” - ou seja, aquelas bem bregas e do tempo em que nossos pais dançavam em bailinhos – com um triângulo sendo tocado por um nordestino que berra canções como Asa Branca.

Escritores também têm seu espaço, vendem de poesias com adesivos meigos (eu ganhei uma linda dessa poetisa), livros contando suas vidas, contos infantis... e por aí vai! Tem até um senhor que fica bravo quando alguém lhe diz que não quer comprar o seu cartão!!! A Paulista é uma representação do mundo. Tudo que você encontra no macro, tem ali, nesse microcosmo. Vale a pena “ganhar alguns minutos” passeando por lá e descobrindo o que os artistas do “gueto” estão fazendo!

quinta-feira, 18 de junho de 2009

O fim do Cristo Redentor

Tente se lembrar quantas vezes você viu a Estátua de Liberdade sendo destruída! Pois é, isso já aconteceu muitas vezes durante a história do cinema, posso apostar até que alguém já deve ter contabilizado o fato. No entanto, precisamos nos preparar para uma grande surpresa no mundo da destruição de monumentos da sociedade. O novo alvo é o Cristo Redentor. Prepare-se para ver, pela primeira vez, uma estátua que realmente representa algo para nós, brasileiros sendo destruída. Ver a estátua da liberdade sendo partida tem uma conotação para os norte americanos e outra para nós, brazucas. Duvido que não vai dar uma dorzinha no coração de ver destruindo o Cristo que foi beijado nas mãos pelo trapalhão Didi... Imagina ele ser destruído!
O alemão Roland Emmerich apresentou o trailer de 2012, que estréia nos cinemas norte americanos no dia 13 de novembro. Para quem não sabe, também são deles os filmes O Dia depois de amanhã e Independence Day. Vale a pena conferir a diferença de sensações....

segunda-feira, 15 de junho de 2009

O mundo é colorido! Só falta enxergar...

Falta de assunto é FODA! O pior é que se analisar um pouquinho a televisão percebe-se que não é um problema só meu. O branco é um dos melhores espaços para se criar ao mesmo tempo, é um dos grandes temores dos criativos...

O branco é ainda uma grande fonte de discussões. Duvida?
Segundo o Houaiss, branco, entre outras coisas, é a cor que acalma, brilhante, branco, límpido. É também o antônimo de negro que, por sua vez, é o que tem a pele escura; sombrio, escuro e tenebroso.

Percebeu algo? Pois bem, nosso dicionário representa um certo pensamento muito difundado desde que o Brasil é Brasil (talvez até bem antes que isso), algo que juramos que não existe, mas está aí, bem nos nossos olhos. O problema é que estamos com uma lente de contato colorida...

Nessa lente, fingimos que a Parada do Orgulho Gay é algo normal - mas não damos importância para as pessoas que foram machucadas no evento. Fingimos ainda que negros não têm problemas para achar seu lugar no mundo. Deficientes? Que isso? O Brasil é um paraíso para eles. Todos conseguem espaços reservados e a arquitetura não dificulta a mobilidade...
Pessoas diferentes, obesos, gordinhos, feios, estranhos, cabelos toin toin, brancos muito alvos... Enfim, todos os "não-normais" recebem respeito merecido simplesmente por serem seres humanos!
Pois é, o branco... e eu continuo sem palavras!