terça-feira, 26 de maio de 2009

Nem sei por que escolhi fazer uma pós. Foi o embalo de um bom preço, curto período e a vontade de conhecer coisas novas. Dali, veio a ideia de fazer um blog. Sugestão de uma professora. Era pra ser da sala inteira, como não houve entusiasmo do pessoal, resolvi tentar sozinha.Sendo sincera, ainda não defini exatamente sobre o que escrever, daí vem o nome genérico Só Coisas da Ju... Uma forma de livrar minha cara de precisar manter um padrão.

Chega de conversa fiada, pro primeiro post resolvi escrever sobre o papel da mulher. Não é um papo feminista, juro! É que estamos acostumados a idealizar a mulher, normalmente vinculada com a figura da mãe, aquela sábia que está sempre pronta a ajudar, a rainha do lar. Existe ainda a mulher trabalhadora: eficiente, independente e bem resolvida. Não posso esquecer de citar o outro lado, a mulher-produto - usada pelos outros e por si mesma.

No entanto, existe uma figura feminina pouco apontada em nossos produtos culturais, a mulher sertaneja. E é exatamente dela que fala o grupo teatral Mulheres de Eldorado. Importante notar que as componentes do grupo são representantes dessa mulher, em idades entre 23 a 70, são trabalhadoras, pouco estudadas, possuem filhos, o rosto trazem as marcas da vida já vivida.

O projeto surgiu no bairro de Eldorado na cidade de Diadema, na grande São Paulo, e é coordenado e coreografado por Rose Maria de Souza. O intuito é usar a dança para descobrir a auto-estima e a cidadania. Juntas desde 1994, elas apresentaram a peça Maria Resistência. É um momento de descoberta ou de redescoberta de um modelo feminino adormecido no imaginário nacional. A lembrança de que nossa história não foi feita apenas de Lampião, como lembra Rose Maria, no especial Mulheres do Eldorado, da SESC TV, existiu Maria Bonita também! Suas descendentes continuam vivas, batalhando pela sobrevivência nesse grande sertão chamado Brasil.

Um comentário:

  1. Oi Ju adoreiiiiiiiii!
    Muito legal mesmo, com certeza vamos criar o nosso da turma também!
    Beijocas
    PS: A foi, aquilo de sempre. Na verdade acho que eu é que não estava bem, muiiiiiiiito sabe?! Nos vemos na sexta!

    Mônica

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